Aterros em Macau em Finais de Meados do Século XIX
Em finais de meados do século XIX, o governo colonial iniciou um ambicioso programa de aterros em Macau, procurando melhorar os portos e atracadouros, reordenar a zona ribeirinha e conquistar terrenos para o desenvolvimento urbano e assim, uma vez completadas todas estas obras, surgiram muitas ruas novas.Em 1864, o departamento de Obras Públicas Utramarinas do Ministério da Marinha de Portugal apresentou o seu ante-projecto para a “melhoria dos portos de Macau”. Cinco anos depois o Serviço de Obras Públicas de Macau deu início à sua execução e começou a aterrar as zonas assoreadas do rio das Pérolas que se estendiam desde as imediações do Templo de A-Má até ao Istmo do Lótus, actualmente Istmo Ferreira do Amaral, melhorando os seus atracadouros. Em 1872, o mesmo Serviço de Obras Públicas começou a aterrar a zona lodosa perto da Rua da Alfândega, Rua das Lorchas e Rua da Felicidade e cinco anos depois seria aterrada a zona ribeirinha defronte da Rua de Cinco de Outubro. A 2 de Abril de 1888, o mesmo Serviço iniciou o aterro da Baía Norte do Porto Interior, incluindo a zona do Patane, para aí construir um dique, a Rua da Ribeira do Patane e a Avenida do Almirante Lacerda. Em 1890, através de uma portaria, o governo colonial mandou construir um istmo entre a península de Macau e a Ilha verde, que ficaram assim ligadas, tendo a seguir desassorreado toda a zona ribeirinha do Porto Interior.