Origens do Cemitério de S. Miguel Arcanjo
Em Outubro de 1852, na medida em que o Cemitério de S. Paulo estava em mau estado e já não tinha lugar para mais campas, o governador Isidoro Francisco Guimarães ordenou a construção de um novo cemitério mediante angariação de fundos. E assim o Cemitério de S. Miguel Arcanjo, o novo campo santo de Macau, passou a situar-se fora das muralhas da cidade, num pequeno outeiro entre a Igreja de S. Lázaro e o Bairro de Tap Seac. Em Novembro de 1854, após a promulgação do “Método de Gestão de Tarifas de Cemitérios”, o Cemitério de S. Miguel Arcanjo começou a receber as últimas moradas dos crentes católicos.A Capela de S. Miguel, no interior do cemitério, só foi erigida em 1875, com a fachada a dar para a entrada do mesmo, sendo hoje um dos edifícios históricos mais bem conservados de Macau. Com uma franquia paga e um sistema de gestão eficiente, o cemitério ocidental tinha uma forma de venerar os antepassados muito diferente dos cemitérios chineses. O Cemitério de S. Miguel Arcanjo era popularmente conhecido entre a comunidade chinesa por “Antigo Cemitério Ocidental”, por oposição ao Cemitério de Nossa Senhora da Piedade, situado na Avenida do Coronel Mesquita, conhecido por “Novo Cemitério Ocidental”.