Pátios, Becos e Herança Cultural

Em geral, a largura dos pátios e becos não excede os 3 metros. Ambos têm características espaciais similares e a principal diferença é que um pátio geralmente apenas tem uma entrada, enquanto um beco é uma rua maior com entrada em ambas as terminações. Ainda assim, há alguns casos especiais em que o uso dos nomes e a definição dos espaços são ambíguos, e em alguns registos “pátio” e “beco” são usados para dar nome à mesma rua em simultâneo.

Com base no seu tecido social único, pátios e becos transformaram-se em comunidades auto-suficientes onde os elementos dos arcos memoriais, varandas, terras e a cultura dos poços de água podem ser encontrados nos alpendres e passeios. Os “pátios” e “becos” existentes localizam-se sobretudo no lado Sul e Norte da Avenida de Almeida Ribeiro e apenas cerca de 20 deles têm edifícios com valor histórico. Entre eles, o Pátio da Eterna Felicidade retém a sua configuração e edifícios antigos num estado relativamente intacto. As casas únicas de tijolo preto desta área são do tipo geralmente habitado por residentes chineses nos primórdios de Macau. Estas foram alugadas por grupos de caridade aos mais desfavorecidos.

Apesar da maioria dos edifícios no Pátio da Eterna Felicidade estarem vazios e em decadência, a área ainda retém a atmosfera que sedimentou o estilo de vida da sociedade chinesa do passado. Além disso, visto estar localizada no coração do Centro Histórico de Macau, perto dos principais locais turísticos como as Ruínas de S. Paulo e a Igreja de Santo António, tem assim acesso fácil aos recursos turísticos da zona de Património Mundial de Macau, fazendo dela um local ideal para experienciar a vida e cultura do povo chinês no território.