A Poesia nos Rochedos do Templo de A-Má Ecoa Através dos Tempos
O Templo de A-Má possui a mais rica colectânea de poesia de Macau por poetas da China moderna. Em 1787, no 52º ano do reinado do imperador Qianlong da dinastia Qing, Zhang Daoyuan, um natural da província de Shanxi que era na altura magistrado de Guangzhou, veio a Macau em visita oficial e fez inscrever numa rocha do templo um poema de oito versos de cinco caracteres.Poetas que visitaram o templo posteriormente sentiram-se inspirados pelo exemplo de Zhang e criaram emulações poéticas que rimavam com o caracter final de cada verso do seu poema. Actualmente, há mais de 10 poemas deste tipo inscritos por vários poetas nas rochas do templo, com destaque para Xu Dunyuan, da província de Yunnan, então magistrado do distrito de Xiangshan, o general da Manchúria Ximi Yanga, Pan Feisheng, de Panyu, e Zhang Yutang, que gravou os caracteres “海鏡” na rocha com os seus dedos molhados em tinta.
Mas houve outros poetas menos notáveis que também deixaram inscrições nas rochas do templo de A-Má, como Wu Qibao e Huang Guopei do distrito de Xiangshan, Zhao Guangtao e Chen Yingke da cidade de Nanhai, Jian Zholiang da cidade de Shunde, Luo Huiqing da província de Zhejiang e Pan Shicheng do distrito de Panyu, que acompanhou a Macau em 1858 o Comissário Imperial Keying para tratar das negociações com os Estados Unidos e a França, de que resultaram, respectivamente, os Tratados de Mong Há e Whampoa.