Durante o reinado do imperador Kangxi da dinastia Qing (1661–1722) foi criada em Macau, perto da actual Rua dos Ervanários, uma filial do Serviço de Alfândega Marítima de Guangdong, que ficou conhecida por“Guan Bo Hang Toi”(filial do Serviço de Alfândega). A comunidade chinesa da época denominava a rua que lhe passava defronte “Guan Chin Kai”, ou seja, literalmente, “rua da alfândega”. Em 1849, na sequência da expulsão da alfândega chinesa pelas autoridades portuguesas, estas demoliram o edifício onde a mesma funcionava (“Guan Bo Hang Toi”) e mudaram o nome da artéria para “Rua dos Ervanários”, mas na sua transliteração chinesa continuou a ser conhecida por “rua da alfândega” (Guan Chin Kai).
Endereço : Rua dos Ervanários, Macau
Próximo local :2 minutos por caminhar
Traços Característicos da Rua dos Ervanários
Antigamente, a Rua dos Ervanários era a ‘fronteira’ informal entre as comunidades chinesa e ocidental de Macau e constituía um mercado animado, onde os membros das duas comunidades se encontravam para comerciar os seus produtos. Nessa época, a Rua dos Mercadores era conhecida por “Rua Principal de Macau” e muitas vezes designada apenas por “Rua de Macau”. Actualmente ainda podemos observar muitos edifícios baixos de traça chinesa ao longo da Rua dos Ervanários e artérias circundantes, que diferem distintamente dos edifícios de tipo ocidental, mais imponentes, que rodeiam o Largo do Senado. Numa dessas fiadas de edifícios chineses térreos encontramos uma colecção de lojas especializadas em antiquidades, incluindo mobiliário esculpido, artesanato chinês, curiosidades, antiguidades, acessórios de jade, bem como moedas e selos antigos. A entrada, montras e decoração interior destas lojas estão delicadamente concebidas para atrair a atenção dos transeuntes, e dos turistas em particular. Em dias próprios, os vendedores de rua, os chamados tintins, expõem as suas mercadorias usadas nos passeios de calçada à portuguesa, decorada a branco e preto, em especial artigos ornamentais e de uso diário de antigas gerações.