Rua de S. José e Igreja e Seminário de S. José
A Rua de S. José foi uma das primeiras artérias de Macau a serem calcetadas e o seu nome já aparece na lista de vias públicas numa edição do Boletim do Governo de Macau de 1869. Em Junho de 1945, o semanário católico O Clarim publicava um anúncio publicitário de “Estúdio George V. Smirnoff”, no qual se dizia que este aceitava trabalhos artísticos, de decoração e design arquitectónico. O estúdio situava-se no prédio na Rua de S. José nº 12, com a Igreja e Seminário de S. José muito próximos, e como tal estes edifícios religiosos passaram a ser temas do pintor.Em 1728, os jesuítas fundaram o Seminário de S. José, situado no topo da colina chamada de Mato Mofino, no qual eram formados os padres destinados ao serviço missionário na China. O seminário alberga uma valiosa colecção de obras e manuscritos antigos, chineses e ocidentais, sendo a adjacente Igreja de S. José um exemplo de elegância clássica. A nave da igreja possui um imponente órgão e um confessionário, com as relíquias de S. Francisco Xavier expostas no altar do lado direito, sendo estas muito veneradas pela igreja católica do oriente.
A Rua de S. José foi aberta na mesma altura em que se construiu a Igreja de S. José. Antes disso era um caminho lamacento que ligava a Colina do Mato Mofino à aldeia de pescadores do Porto Interior. O seminário acabou por tornar-se o centro administrativo de toda a actividade dos jesuítas na China.