Fabrico de Cordas e Cabos
No início do século XX, pescadores e operários dedicavam-se a entrançar cabos e cordas na praça defronte do Templo de Lin Kai (Regato Lótus), que eram depois enviados para venda nas lojas de aprestos marítimos e de comércio em geral no bairro de S. Lourenço. Nesse tempo, as ferramentas para produzir cordas eram muito simples e resumiam-se a uma estrutura de madeira com pequenos ganchos móveis de ferro. O entrançador colocava um cordão de cânhamo nos diferentes ganchos, que depois era gradualmente entrançado em cordões mais finos. Uma corda grossa obtinha-se entrançando vários cordões. A estrutura era geralmente operada por uma única pessoa, com um ajudante a segurar no cordão de cânhamo, mas, por vezes, usavam-se duas estruturas, operadas por quatro pessoas, para entrançar cordas grossas a partir dos cordões das duas estruturas combinadas.Esta indústria artesanal de fabrico de cordas em frente do Templo de Lin Kai ocupava uma área enorme, que foi posteriormente reduzida com a construção da Estrada do Repouso, ficando dividida em duas partes, uma que deu origem ao Largo da Cordoaria e a outra à Travessa da Corda, traçado que se manteve até aos dias de hoje.