Origem da Fundação Oriente
Contígua ao Jardim Luís de Camões existe uma magnífica mansão construída no século XVIII por Manuel Pereira, um abastado comerciante português, que ganhou a sua fortuna em Goa e se estabeleceria depois em Macau. Ao chegar adquiriu um terreno na zona nordeste do Jardim e decidiu construir uma villa para nela residir, a qual viria ser herdada pelo seu genro, Lourenço Marques. O edifício, de típica traça mediterrânica, possui uma elegante escadaria de mármore que conduz à entrada principal, que abre para um vasto salão sumptuosamente decorado.A mansão tem uma longa história e chegou a estar arrendada à Companhia Britânica das Índias Orientais, servindo de residência ao seu Chefe Superintendente do Comércio com a China, taipans e outros oficiais ilustres destacados à China. Quando a companhia deixou Macau, a administração colonial portuguesa assumiu a propriedade do edifício e nele funcionaram vários serviços, incluindo o Serviço de Obras Públicas, a Imprensa Oficial e por fim o Museu Luís de Camões. Em 1989 o edifício foi adquirido pela Fundação Oriente para aí instalar a sua sede, que se mantém até hoje. Entretanto, o telhado da propriedade tornou-se de tal forma infestado pela formiga branca que teve de ser removido. George Smirnoff escolheu a mansão como tema dos seus desenhos, que foram executados no verso de algumas das suas pinturas, pois durante a guerra sino-japonesa escasseavam todos os materiais em Macau.